quinta-feira, 1 de março de 2018

A vida tá panc!!!

Com a nova série de conhecimentos que tenho encontrado na minha busca, na minha procura por ritmo, encontrei as pancs. As encontrei no quintal de casa, na rua, nas calçadas. Encontrei no mato o recheio do meu prato. No alimento, a política que me instiga. É, a vida tá panc, renegada, encarada como daninha. Cheia de riquezas, nutrientes, mas nascendo e morrendo sem se quer sendo notada por quem diz que busca a vida. É, a vida vai ficando panc, mas tem gente que dá o sangue para mostrar que ser panc é legal, é gostoso e não faz mal. Na dúvida mistura com ovo, cebola, alho, cenoura. Faz um bolinho e quem sabe doa um pouquinho. Você vai ver que o novo não amarga na boca. Vai ver que o tolo pode ser cada vez menos bobo. Vai que o corpo não é o que dizem dele e sim o que se sente nele. Deixa pulsar, deixa nascer. Se for panc, cozinhe, frite, refogue, mas não se afogue. Sente-se ao meu lado ou do seu próprio lado, escute o meu peito, escuto o seu peito. Ele bate sem jeito, na agonia do despeito, mas mesmo em descompasso ele segue batendo. Não ouça se não quiser, não clique por conveniência. Isso dói. Dói mais que espinho de ora-pro-nóbis, mas é insistente como taioba ignorada no fundo do quintal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário