segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

As buscas pela felicidade.

Semana de reflexões. Muita coisa boa, mas a maioria são questões para melhorar ou até renovar por inteiro. Mas, de repente a televisão me trouxe dois filmes, um que já assisti algumas vezes, mas sempre que passa assisto novamente. O filme "Conta comigo" e a sua aventura de jovens atrás do corpo de um garoto morto. O outro filme foi um boom, já em tempos de redes sociais, mas só me permiti ver agora, que nem antigamente, quando esperávamos dois ou três anos para assistir o filme na tela quente ou no SBT, ou quem tinha dinheiro, pegava na locadora, eu esperava a tela quente. O que posso dizer é que gostei simplesmente. Talvez seja o momento, mas me permito gostar de coisas conforme o momento, despindo de conceitos e posturas "redesocialêsticas", esta palavra não existe, mas dá para entender o que quero dizer, não dá? Bem o filme foi "A culpa é das estrelas". Tem filmes que não assisto, não me atrai, ou simplesmente deixo ele aparecer. Quando for a hora certa eu assisto, sabe? A minha hora certa é trocando de canais e acho o filme no começo, ou passa na tela quente e eu assisto, simples assim.
Então os dois filmes tocam no assunto da finitude. Cada um em sua época, o filme mais velho por exemplo, tem a história do "bola de sebo". Eita como este nome pegou forte na infância, gostei do filme, mas sabia que no dia seguinte e nos dias posteriores eu escutaria isso, seria um apelido. Mas depois, mais velho achei a metáfora do bola de sebo interessante e muito atual. Não é sociedade que impõe suas vontades, certezas e condenações? Mas não quero falar do bola de sebo, nem de "gordofobia" hoje. Talvez hoje teriam cuidado ao tratar do assunto, mas os simplificadores estarão sempre de plantão. O filme mais novo teve cuidado em não ferir ninguém, parece que antigamente ferir emocionalmente era uma questão de fortalecimento do ser humano ou a separação das crianças e dos "homens". Esqueçam o que eu falei. Em 2018 ainda tem muita gente que tem isso como regra, foi mal gente. Mas o tema a ser tratado é a finitude, a morte. Não vou tratar do tema. Nem tenho conteúdo para isso. Mas me perguntei como lido com a finitude, não só da vida, mas das relações, dos momentos, das sensações. Estou no processo ainda, não tenho respostas, mas por que nos afundamos em lágrimas e questionamentos? Por que queremos repetir aquela sensação que tivemos com as pessoas, com os momentos?
Buscamos tanto a felicidade, não é? Mas que felicidade é esta? É nossa mesmo? Ou de alguém que disse e outro alguém repetiu, ou outro alguém que mostrou conseguir e te diz que é possível, alias tem até a formula para chegar lá também? Basta ter os três Fs, não é?
Perdi pessoas especiais por que elas foram atrás da felicidade delas, também afastei pessoas, pois eu mesmo fui atrás da minha felicidade. E o que me restou?
Restou sim, restou-me os momentos de felicidade que vivi com as pessoas que partiram ou as que afastei. E é ai que entra os filmes, pois neles encontrei também felicidades sendo contempladas como momentos e não como plenitude.
Em "Conta comigo", o narrador, que é um dos meninos, no final do filme exalta aqueles momentos de felicidade, que nunca mais se repetiu, mas foi pleno e será pleno em sua memória.
Já no "A culpa é das estrelas" as experiências "ruins" não enfraqueceram em nenhum momento a felicidade que aconteceu na vida dos personagens, mesmo que o sofrimento e a ansiedade tentou afastar isso deles ou até acharam não ter direito de viver aqueles momentos.
E ai, como anda a nossa busca pela felicidade? O que estamos afastando de nós para ter algo que é finito, é momento, é sensação?
Eu não tenho essas respostas, tenho muito para aprender com a vida. E quanto mais tenho consciência da minha ignorância, mais ignorante eu pretendo ser. Mas nunca fechando os olhos, querendo sempre experimentar mais, viver mais, acumular sensações passageiras e expandir minha memória e não minha felicidade.

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